Mais simples que o eu

 

Que queres de mim sábio mestre?
Talvez as minhas certezas do que não sou.

Ou apenas gostaria que fosse
Minha aquela toda vontade.

Mas,
Seria minha essa vertente límpida,
Simplória e de textos claros?
Talvez apenas um reflexo das poesias de Quintana.

Bem,
Possibilidades não me faltam.
Desde a esquina de um labirinto,
Onde por vezes se avista a lua.
Até o dia com o mesmo barman,
No mesmo balcão,
Por trás a esplendida biblioteca de garrafas,
Fonte de nossa colorida erudição.

Sim,
Posso estar apenas querendo permear esse mundo,
Para que minhas letras sejam menos infames.
Tal qual todo aquele texto de Bukowski  que destilo,
Ah! Será só estilo?
Certamente!
Adoro rasgar as mazelas dos desamores,
Venero o cuspir das verdades dos dissabores.

Mas esse é o ser mais simples que o eu...
Lá e cá, brincando de me enganar.