O ESTRANHO EU

- Qual é o sentimento,

   Quando não há saída?

Fama e lama, semântica,  

Com o mesmo significado,

Na filosofia da vida.

Posso ter tudo; por dentro vazio;

Com calafrios da insatisfação.

Insanidade!

Quando o pobre,

Luta para ficar rico, contudo,

Cheio de esperança e fé,

Intrínseco fluir de alegria.

O rico deseja ter este bom ânimo,

Que envolve a comunidade carente:

Sem ter nada, mas tudo tendo,

Em meio a carestia, são felizes.

A sabedoria nos ensina:

Não são a pobreza, ou, a riqueza,

Que definem nosso estado de espírito

Os necessitados lutam, ficam ricos e,

Tonam-se infelizes (...).

No sucesso das suas conquistas,

Encontram um vazio existencial;

Lembranças daquele tempo,

Permeiam sua mente, que traz

Um lapso de alegria.

O dinheiro não preenche as lacunas da alma.

Somos seres incongruentes,

Por nós desconhecidos,

O estranho eu, busca a utopia da felicidade.

Alexandre H Marques – 27/11/24

Acadêmico Imortal ALBSP – Ordem de Platão - Internacional
Dr. Honoris Causa

Colunista do Portal Casa da Poesia
Poema Livre: O Estranho Eu
Arte: Pinterest Reef

País: Brasil
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