Penso, logo, me arrepio...
Olhados como fórmula, somos algoritmos...
Alguns de nós são elementos notáveis...
Alguns, componentes imperceptíveis; mas, todos, integrantes da mesma tabela periódica; somos átomos...
Alguns, polos energizados, belos...
Alguns, polos não energizados, neutros; ácidos...
Belos ou feios; somos quark: compostos de proton e neutron; por fora electron; todos matéria, no esquema infinito; energias a conduzir a arte da planta atômica...
Alguns possuem cores; matiz; nossa diferença fundamental é a carga elétrica; mas, todos, têm no sangue vermelho os mesmos sais e sabores...
Na origem somos partículas...
Como matéria, formamos as espécies, em iguais...
Na mistura, um tanto desiguais, imprevisíveis em peso e quantidades...
Como as quantidades que na despensa, esperam para serem preparadas, pesadas, misturadas...
Com a imprecisão, a seleção natural é a imprevisão das espécies...
Como uma receita do bolo assoprada aos produtores, reprodutoras e construtores da arte real, não menos do que, pelo autor da obra: o arquiteto do universo e da arte real...
Será por acaso que o acaso vem e mistura tudo isso com um simples sopro de vida?
Será?
Penso, logo, me arrepio...