Dança de sensações

Convidei a saudade para a dança

Escolheu uma valsa, querendo ser  debutante

Depois chamei o sonh

O sonho vive em castelos

Sissi e os alpes suíços, Flores azuis

Devaneando, escolheu também uma valsa

Pura inveja da saudade

Convidei então a inveja: venha também para o salão

Meio encabulada, fez muxoxo,  a danada

mas logo quis se mostrar elegante

Vestiu sapatilhas de flores

(que pediu emprestadas aos sonhos)

E dançou  o cisne negro, mostrando ao orgulho

Que podia compartilhar um clássico, apesar de ser a inveja

O orgulho ficou meio de lado, acabrunhado,

Preferiu assistir quem seria o próximo convidado

Fui logo chamando a alegria

A alegria toda faceira, trouxe ao palco o samba, o xaxado e outros babados

Dançou, dançou até cansar e apresentar seus dotes

Ela mesma, a alegria chamou então a lembrança

Veio a lembrança um tanto lenta, mas consciente

Trouxe o povo celta, a ancestralidade e toda sua festa

Ah, mas logo chegaram outros pedacinhos de lembranças

A lista parecia longa

O tambor, o apito, e os passos ritmados da tribo

E não deixando por menos

Chegaram os tambores da mama África

Todos enfeitados de cores

Por fim, nem precisai convidar

Chegou ela, cheia de graça

Plena e serena

A poesia, que de todos os sons

Se tornava PAR!