JULGAR OU NÃO JULGAR
Como colunista da Casa da Poesia, decidi escrever sobre temas pouco abordados.
- É lícito Julgar?
Antes, de mais nada, é preciso ter o conhecimento, que há dois tipos de julgamento:
- Primeiro: O julgamento ilícito;
- Segundo: O julgamento licito.
(Utilizarei, como espinha dorsal, para o texto, a crença Cristã, por estarmos num país, em que sua grande totalidade, que pertence ao Cristianismo).
- Julgamento ilícito
Julgar de forma Ilícita é você ocupar, melhor, usurpar, um lugar que não é teu e, sim, de Deus. Você se faz juiz sobre o próximo.
Leia o que disse Cristo no Evangelho de Mateus: “Não julguem os outros para vocês não serem julgados por Deus (...); [...] Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho?”
Este julgamento é pernicioso e nocivo à nossa alma. Pois, nós o fazemos sobre a subjetividade, intimidade, intenções, valores, ética, etc ..., sobre a essência do ser humano, sobre o seu coração. Este julgamento é condenável.
E para piorar, a sentença que lavro é aplicada a mim.
- O julgamento licito
Este é de consciência ética para nossa sobrevivência.
Há dois textos no Evangelho de Mateus que Cristo diz:
— “Cuidado com os falsos profetas! Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens. Vocês os conhecerão pelo que eles fazem. Os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos. Não é toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu”.
Agora, tenho certeza, que simplificou tudo!
Neste contexto, podemos, julgar ao próximo, pelas suas atitudes (frutos), e podemos, sim, julgar, se esta pessoa, ambiente, família, trabalho e uma infinidade de coisas, estão sendo boas pra mim.
Por exemplo, um profissional pode julgar se outro é um profissional daquela área, ou, não. Pois, ele tem a experiência e o direito de julgar, se aquela pessoa, é um estagiário, ajudante ou auxiliar.
Compreendeu?!
- Julgar aos olhos da Filosofia.
Não vou entrar, nesta seara, profundamente, mas ficarei no razoável, para não estender-me muito.
Sócrates disse: “ Sei, que nada, sei”.
Ele tem a consciência que conhece bem mas não consegue praticar tudo o que sabe. Também, se refere a julgar o próximo; agindo quando tudo estiver claro.
O Apóstolo Paulo na sua carta aos Gálatas, diz: “ Sobre os frutos do Espírito. ( O JULGAR ILÍCITO); E sobre os frutos da carne(pecado, imperfeição- JULGAMENTO LICITO)”.
Os sete pecados capitais escrito pelo monge grego Evágrio Pôntico (345-399). É um exemplo claro de que, todos nós, carregamos esses pecados, o que não me dá o direito de julgar; caso, venha a luz.
O Estoico Sêneca que diz: “Toda virtude e falta de caráter são manifestos no tempo da provação. Então, a ninguém julgais”. Livro O Ócio.
Para todo julgamento existe o PERDÃO, COMPAIXÃO E EMPATIA.
Se vires alguém errando ou julgando o próximo, corrija-o amorosamente.
O bom é respeitar a vida e o próximo.
Alexandre H Marques – 04/01/24
Acadêmico Imortal ALBSP
Dr. Honoris Causa
Crônica: Julgar ou não Julgar
Arte: Google
País: Brasil
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