A criança nasce sem medo. Você precisa ensinar o que ela deve temer. De fato, ela não teme. O medo é fruto da experiência terrena. Ele perpetua a ilusão do impossível e a criança nasce sem essa sensação. Logo, ele não é inerente ao ser em sua pureza, no seu estado primordial. É algo implantado assim que chegamos.
Portanto, o medo não faz parte da experiência do seu espírito. Ele é ensinado ao seu personagem. Se não existe uma personalidade formada, então o medo também não pode existir.
A criança vai experimentando. Para algumas atitudes ela recebe muitos nãos e para outras, a vibração alegre e festiva do sim a faz querer repetir. "Faz careta filha! Que gracinha." ou "Não põe o dedo na tomada, isso é perigoso!"Então ela repete a careta e fica longe da tomada.
Antes que venham falar da minha irresponsabilidade em falar mal do medo. Claro que o medo é necessário para o extinto da sua sobrevivência. Ele não é tão perigoso quando entendido como uma ferramenta, mas de fato nascemos sem ele. Ele só serve a um propósito: sobreviver!
É que de medo em medo perdemos nossa conexão com algo muito puro: a nossa certeza da eternidade.
Mas, porque eu estou fazendo essa reflexão? A construção da minha narrativa é para que você chegue numa conclusão junto comigo. Você não é o seu medo, você não é a sua opinião, você não é o seu julgamento e nem o seu anseio. Isso foi ensinado ao seu personagem. Você aprendeu essas ferramentas quando chegou.
Mas, quem era você antes de chegar? Se existe o você antes de nascer e existe o você depois do aprendizado do ego, existem dois de você? Deixe de lado a sua personalidade. As provações que te marcaram. A desconfiança de colocar o dedo na tomada. Quem está por detrás da máscara?
Você precisa se conhecer mais. Saber das suas forças e entender suas fraquezas. Celebrar o quão valioso é o ser.
Ser você é o maior presente que você poderia dar para esse planeta. Você que sempre tentou. Você que continuará a tentar. Um ser que não desiste e insiste em ser feliz. Você não existe. Você é um sonho. Você é eterno.
Acolha a voz do medo, mas não permita que ele te faça esquecer que ele faz parte da ilusão. E que a única coisa que existe de fato é o amor. Essa é a mensagem.
Você é o amor. Você foi ensinado a temer. Atrás do eu tenho medo existe o EU SOU eterno pronto para realizar milagres na terra da ilusão. Você é amor sem o medo. Fabi Freire
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Vá fundo para dentro de si. Vá tão fundo até essa ilusão chamada ‘você’ desaparecer…” (Ranjit Maharaj)