Na noite quente de verão, línguas inebriantes se entrelaçam, Corpos ardentes dançam ao luar, paixões que o tempo jamais desfaça. Mulheres múltiplas como estrelas no céu, um sonho embriagado de desejo, Fogo que queima as almas, luz que revela o segredo mais almejado.

Cigarro aceso entre os dedos trêmulos, brilho na penumbra da paixão, Whisky derramado em cálices, néctar dos deuses que embriaga a razão. E a lua, cúmplice silenciosa, observa essas cenas de prazer proibido, Nada mais importa, a noite é eterna, o sonho é real, o amor é sentido.

Na penumbra do quarto, segredos sussurram nos ouvidos famintos, Promessas feitas à noite, quando os corações estão mais soltos. A luxúria e o desejo se entrelaçam, como serpentes sedutoras, E os amantes se perdem em sonhos feitos de promessas ardentes e fervorosas.

Nessa noite quente de verão, o tempo se torna um mero detalhe, Os corpos suados se fundem, e a realidade se transforma em devaneio. Lá fora, o mundo continua girando, indiferente ao êxtase que consome, Enquanto os amantes se entregam à dança perigosa, à paixão que consome.

E assim, na noite quente de verão, línguas, corpos e desejos se misturam, No fogo das emoções, nas luzes que piscam e nos sonhos que perduram. Álvares de Azevedo sorriria ao ver essa cena de paixão e ardor, Pois na noite quente de verão, o amor se transforma em poesia, eternamente em flor.

L’(Max)