Mente

 

Erudito, que não um mito,
Soa esquisito, como um rito.
Queima a alma, causa trauma.
Faz-se quente, usurpa amente...
Mente...
Mente...
Mente...

Rasga o véu do sentimento,
Faz de versos excremento,
Queima sonhos de uma vida,
Faz de um homem um demente.
Mente...
Mente...
Mente...

Dissimula o fim de seu apreço,
Renega amar a qualquer preço.
Passa acima desse conceito,
Vende cálice e vinha quente.
Mente...
Mente...
Mente...

Descem as cortinas de cetim,
O último ato chega ao fim.
Ao curvar-se és artista,
Eis o fim que a alma sente.
Mente...
Mente...
Mente...

L´(Max) 16.06.2008