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Tempo! Oh Tempo! O que há de tão misterioso em seus últimos segundos? O que falar sobre os segundos do tempo? Como imaginar qual será o final desse tempo? Como contar os seus últimos segundos? Como perceber esse tempo? Tempo! Oh! Tempo! És como o vento! Às vezes brisa quente. Às vezes fria. Às vezes assusta. Às vezes passa. Às vezes mata. Como esquecer o tempo? Não há como! Ele não avisa. Ele corre. Ele não espera. Ele é! Simplesmente, é! Tempo! Oh! Tempo! Hoje é o tempo. Um segundo e já passou. Depois, é o talvez! Às vezes não se dá conta, ignora-se esse ‚"Tempo‚". Mas, não há como negar a sua presença. Somos parte dele. Negar o tempo é negar o presente. É perder a memória. Mas não afasta a saudade que não passa de agora. Pode-se lembrar. Pode-se voltar ao mesmo lugar. Mas os cabelos longos ficaram em fotos de algum tempo, em algum lugar. Calça apertada. Lá tem Moda. Lá teve Topeka. Teve calhambeque... Bossa nova, revolução! Acampado, andei pela vida. De óculos redondo azuis de esperança. Ingênuo, pulei espaços. Namorei esperanças! Curti cada amigo, cada lugar. De filmes e política eu nada sabia! Dr. Jivago! Histórias da guerra fria... Depois novelas, livros, leituras... 1989. Escolas. Assim é que depois de um tempo me vi; percebi que sou parte de um tempo. Que permaneço aqui. E que de um tanto do meu tempo parece que ainda falta um pouco. Quero compartilhar meu tempo com prosas, com rosas e fantasias... Fazer poesias e ter companhias. Assim o tempo passa melhor. Agradecer aos ventos que nos trouxeram até aqui. Já que ainda somos vida! E ainda temos tempo... Esperemos por novos tempos! Mas que nenhum maluco por ai, resolva, inadvertidamente, interromper novos e misteriosos tempos apenas pela disputa de um pequeno botão vermelho, que não sendo de uma rosa, será então porque estamos vivendo os segundos de um último tempo... Buuummm!