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O PEREGRINO.
""Dia 12 de outubro é dia de ""Nossa Senhora Aparecida"".
O Peregrino deixa o seu Lar. Ele busca o caminho Santo...
Anda, caminha já há mais de dois dias.
Caminha em busca de uma esperança!
Há algo misterioso neste caminho.
Há um pedido que não é preciso revelar.
Mas a sua Santa sabe! Ele não pode esperar...
Ele não vai apenas por acompanhar quem vai e quem vem pela estrada Santa que vai para Aparecida de lá.
Ele tem fé...
Ele tem algo mais. Ele têm esperança...
Ele caminha, sacrificadamente. Quilômetros e Quilômetros...
E seu corpo responde em suas finitas possibilidades. Exaustão.
Decisão. Compromisso. Solidão. Superação...
Algo acontece ao sistema nervoso...
Nervoso, seu cérebro passa a comandar de perto as milhares de bactérias que enfestam o corpo decididas a impedir équele caminhar.
Ele não se dá conta da luta interna que está acontecendo por lá.
É comparável ao caos externo que também insistem em desafiar tentando impedir o seu reto caminhar.
Calor excessivo. Falta-lhe o ar. O único sustento está nas mãos; é o cajado a lhe sustentar.
Ele pula obstáculos. Continua na busca da sua esperança. Ele sabe que não pode parar. Não dá para descalçar.
O descanso é pouco. Nem precisa se alimentar. Alimenta porque é necessário; eleva o pensamento e continua a andar.
Ele sabe qual é o mundo intestino que anda a lhe desgostar. Então o Peregrino andarilho não para...
É também mais um dos caminhantes. Mas ele tem um cajado; ele busca o seu objetivo...
Qual será o objetivo que ele busca e pede a Santa Mãe de Deus? Não há como saber! A sua Santa sabe!
A esperança é dele, é dela e de quem eles quiserem que seja. E isso basta para alimentar a esperança desse caminhar.
Ele sabe que nada o impedirá de chegar lá. Ele sabe que a Aparecida está lá a lhe esperar.
Ele sabe que chegará a tempo para admira-la em seu altar...
Resignado, eliminando meias verdades, pressionado pelas bolhas, que não são de oxigênio, se não as que lhe esfolam a sola do pé; ele segue...
Ele é o Peregrino caminhante que vai a busca da bênção... E pede para Nossa Senhora Aparecida que está ali na sua frente no altar a lhe esperar...
Ele apenas olha, agradece, e volta a caminhar...
Agora, ele trás na bagagem a graça e a esperança...
E no Coração, o amor da sua Santa...
(texto escrito em 12 de outubro de 2.017, em homenagem ao meu irmão Paulo Roberto Perez e demais peregrinos)
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