A inquietude cega.
Tornam-se dolorosas as buscas internas nos dias em que a mente anda inquieta.
Os instrumentos (a escrita por exemplo) parecem objetos de tortura. Cavam verdadeiros caminhos por entre os pensamentos.
Sobem as montanhas íngremes que habitam o imaginário. E lá dentro, nas profundezas, encontram mais barreiras. Todas determinados pelo próprio consciente.
Quando finalmente o caminho se rompe para que a imaginação ganhe espaço (não sem dor), o alívio dá espaço para um breve descanso. Que seja breve, relembra, pois novas barreiras poderão cair, caso o caminhar não persista.
Lembrando da essência, podemos observar melhor: o mundo é uma grande pirâmide invertida, quando olhamos a nossa problemática. Somos uma ‚""pontinha‚"". A de baixo. Acima tem o mundo. O mundo é que importa.
Mas a pontinha tem mesmo que estar presente e firme.
Façamos nosso alicerce, olhando para cima e vendo a imensidão.
A inquietude costuma cegar.
by MLK 06/11/2020